Thursday 10 September 2009

Meu abobalhamento pela Ana Carolina começou não faz muito tempo não. Quando parei de me preocupar com todos os pares de pernas que passavam pela minha frente, comecei a prestar atenção nela. Sempre séria. Óculos de armação fina, cabelos castanhos presos em um coque lá no alto da cabeça. Para uma bailarina, só faltavam as sapatilhas e a saia engraçada. Esguia, inteligente, não era de mostrar muito o seu belo sorriso embora fosse bem humorada. Idiota, seu xingamento favorito. Era irritantemente incrível como eu me senti atraído por aquela mulher. Ela recém tinha terminado um relacionamento de 6 anos com um cara que trabalhava... (bem, vejamos qual será a idéia mirabolante da autora...) que trabalhava em um cargo público daqueles que a pessoa ganha bastante pra não fazer nada. Político? Não. Algum serviço burocrático. Vejamos... sei lá, era assessor de imprensa do prefeito de São José de Lá Vai Pedra. Pronto.

Aquela mulher não derramou uma lágrima sequer e aquilo me assustou, confesso. Um relacionamento de 6 anos acaba e ela não sai gritando e jogando tudo pelas janelas do escritório? Aí tem coisa. Problema né. Mulher independente só traz problema. E eu quis esse problema para mim.

Wednesday 2 September 2009

Em uma noite de Natal qualquer, há muito tempo atrás, estávamos todos reunidos na varanda a esperar a meia-noite. Eu e meu irmão olhávamos para o céu esperando que o velho de barba branca jogasse lá de cima tudo o que pedimos. Ainda bem que ele não o fez. Havíamos pedido tanta coisa.

Muito tempo depois, muita enrolação por parte dos pais, eis que vejo na frente da minha casa uma bicicleta. Exatamente como eu tinha pedido pro véio! Meu irmão ganhou uma bola de futebol de plástico. Naquele dia eu descobri que ele era adotado.